O príncipe serpente, de Elizabeth Hoyt | Resenha do Livro


O príncipe serpente é o terceiro livro de Elizabeth Hoyt. É mais um romance de época em que o amor pode mudar a vida de uma pessoa, libertando dos seus próprios demônios.

Um belo dia, Lucy e seu criado estavam voltando para casa, em Maiden Hill, quando encontram um homem nu, todo machucado e quase morto no meio da estrada. Para Lucy, aquele homem não estava morto, então ela se viu na obrigação de leva-lo para sua casa e cuidar dele. Essa ideia não foi bem aceita por seu pai – e nem pelo seu laico, que teve que carrega-lo - , mas acaba aceitando o pobre homem em sua casa.

Ao acordar e se deparar com a imagem de Lucy observando-o e desenhando algo em seu caderno, o homem acha estar olhando diretamente para um anjo, a partir daí, ele só a chama de anjo. Aos poucos ele vai se recuperando e lembrando que foi atacado em Londres por alguns inimigos e seu corpo, quase desfalecido, foi deixando em Maiden Hill para que ninguém descobrisse do ataque, porém, para infelicidade desses homens, o visconde Simon Iddesleigh está vivo e sendo cuidado pelo seu anjo.

Algumas semanas hospedado na casa de Lucy foi o suficiente para eles sentirem algo um pelo outro. Tanto que quando ele voltou para Londres, não parava de pensar em seu anjo e resolveu voltar para Maiden Hill e pedir Lucy em casamento. Ele até tentou resistir, pois não acreditava que era homem ideal para ela, já que sempre estava fazendo coisas erradas, mas, mais uma vez, o amor falou mais alto.

Apesar de sua aparência de bonzinho, Simon não é santo. Seu irmão, Ethan Iddesleigh, foi morto em um duelo, então, para vingar a morte injusta dele, o visconde está procurando os assassinos e duelando com eles. Isso acabou consumindo Simon de todas as formas.

Lucy sempre desconfiou que alguma coisa acontecia dentro de Simon, mas ele não gostava de conversar sobre isso. Aos poucos, sua amada esposa foi dando um sentido para vida de Simon e isso ajudou bastante o nosso querido personagem a se libertar de seus demônios e vê que o que ele estava fazendo era errado.

Como de costume, o personagem principal conta uma história para sua amada. A história contada da vez por ele, que dá nome ao livro, é sobre um homem serpente – o príncipe serpente-  e uma menina que cuidava de cabras e ele tem o poder de realizar todos os desejos da menina e ela é cobrada por cada desejo. Como nos outros livros (O príncipe corvo e o príncipe leopardo), a história tem uma moral que afeta de alguma forma o casal.

O livro é contado em terceira pessoa e tem uma leitura muito agradável, criei certa afeição por alguns personagens, alguns são chatos – como o pai de Lucy -, mas uma história sempre tem que ter um personagem chato. Simon é o meu personagem favorito, porque ele não é muito sério, como os dos outros livros, é engraçadinho de vez em quando. A Lucy não é a minha preferida, porém eu gostei dela, queria ser amiguinha dela.


A história do casal é bem parecida com a dos outros, mas o casal Lucy e Simon não me passou muita paixão, o flerte deles foi muito rápido. Eles tinham um bom relacionamento, mas para mim pareciam mais amigos do que casados. A autora poderia ter focado um pouco mais no casal, ter dado mais paixão neles e não tanto na sede de vingança do Simon. Mas, mesmo assim, eu gostei deles, fazem um casal bonito.
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