Casada até Quarta, de Catherine Bybee | Resenha do Livro

"Eu preciso de uma esposa, Carter; preciso para ontem."
 Blake Harrison é um milionário, que precisa de uma esposa para conseguir a sua herança deixada pelo falecido pai. Para isso será necessário que Blake se case. Ele achou que os seis anos dispostos pelo pai seriam o suficiente para arranjar uma pretendente ou tentar conseguir a fortuna driblando o testamento. Entretanto, o Duque construiu um testamento tão bem feito, não deixando lacunas para Blake conseguir a fortuna doutra forma a não ser seguindo as exigências expostas pelo pai, mesmo depois de morto.
 E toda essa situação é consequência do fato de Blake não ter seguido o caminho que o pai propôs a ele quando mais novo, e sim ter criado o próprio império e conseguido o próprio dinheiro através de trabalho árduo, atitude abominável para seu pai. 

 Então, Blake recorre a agência de casamentos Alliance para encontrar uma esposa temporária por tempo suficiente para conseguir a herança, e consequentemente manter seu posto, suas propriedades e a vida repleta de luxos da irmã e da mãe.
“– Sam Elliot – se apresentou, estendendo a mão. – Você não é um homem. – Blake quis soltar um gemido. Era a coisa mais idiota que havia dito a uma mulher em toda a sua vida. ”
 Sam Elliot após a virada radical que precisou dar em sua vida, porque seu pai foi preso; Samantha saiu de menina rica a moça que rala para manter um pequeno apartamento, uma clínica especializada em problemas cerebrais, com despesas estratosféricas, para sua irmã, e para lidar com todas essas despesas tem uma pequena agência de casamentos. Que a rende frutos para sobreviver e só.

 Quando Sam é procurada pelo Lorde Blake Harrison, ela começa a calcular mentalmente o quanto achar a esposa dentro dos parâmetros estabelecidos por ele irá lhe trazer benefícios financeiros suficientes para se manter um tempo sem grandes problemas. Mas, Samantha não esperava que o Lorde ao invés de escolher uma das mulheres selecionadas a dedo por ela, na verdade, ele a escolheria.

 E por que não aceitar? Isso a traria muito mais dinheiro do que apenas sendo a mediadora e ainda poderia custear com mais folga as despesas na clínica onde a sua irmã está instalada.


“ – Estou oferecendo um contrato de casamento para você. – Eu não estou no menu, sr. Harrison. ”
 Gostaria de dizer que sou suspeita para falar sobre livros de Romance Clichê, na verdade, sou suspeita para discorrer sobre uma lista imensa de coisas. E, na boa, é a primeira vez que leio um livro da Catherine Bybee e a escrita dela me conquistou nas primeiras páginas por ser impecável e simples. Até porque não são necessárias palavras não-usais para deixar uma escrita boa.

 O livro em si é uma graça. Os personagens desenvolvem bem, o romance flui a cada linha e milagrosamente a mocinha do Clichê não é meio tapada. Porque é inacreditável a quantidade de desentendimentos bobos, que existem em livros por aí, pelo simples fato dos personagens não darem espaço do outro se explicar. Sam Elliot faz o tipo que vai atrás, procura entender o que está acontecendo, ao invés de tirar conclusões precipitadas e fazer suposições. E isso é um super ponto positivo para a trama.

 Além disso a autora escreveu um livro com exatas 192 páginas. Quando comecei pensei que esse ínfimo número de páginas (devoradas num sábado) não fossem ser o suficiente para desenvolver a estória em sua plenitude, mas mordi a minha língua, porque se houvesse mais páginas e a autora tivesse enrolado, talvez o livro não fosse ser tão maravilhoso.

 Me resta agora esperar ansiosamente para ler os próximos livros da série Noivas daSemana que estão sendo lançados pela Editora Verus e espero que lancem os outros o mais rápido possível, porque um Clichê bem escrito é sempre bem-vindo na minha estante. 
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