Todo Dia | Resenha do Filme

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    O que é o amor? É algo físico ou psicológico? A adaptação do best seller Todo Dia, do autor David Levithan, chega aos cinemas no Brasil pela Paris Filmes no mês de julho, e é uma história ótima para questionarmos: nos apaixonamos pela pessoa física, ou pelo que o que ela é por dentro?

    "A" é o nome da pessoa protagonista desta história, que acorda todos os dias em um corpo diferente. Sempre de alguém com a idade parecida da anterior, independente do gênero, e nunca está no mesmo corpo da mesma pessoa duas vezes. E tudo muda quando A conhece Rhiannon, e todos os dias tenta conquista-la, mesmo com a dificuldade de estar em diversos corpos diferentes, todos os dias.

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    A representatividade é a alma de Todo Dia, que desmistifica diversos tabus e estereótipos de gênero. Como A passa pelo corpo de diversas pessoas ao longo do filme, é possível ver todo tipo de personagem, e romance de todas as formas. Esses detalhes na vida dos personagens não recebe o foco principal, tornando a vida sexual dessas pessoas algo normal, como deveria ser na vida real. De qualquer forma, é importantíssimo a representação desses personagens de minoria em uma história tão incrível como esta.

    O elenco por sua vez é outro grande destaque do longa. Todos os interpretes do protagonista souberam entrar no personagem, e a qualidade da atuação deles torna as cenas mais crível. Alguns rostos no filme já são conhecidos por aí, como: Jacob Batalon (Homem Aranha: De Volta ao Lar), Ian Alexander (The OA), Colin Ford (Under the Dome), Jake Sim (It: A Coisa), Owen Teague (It: A Coisa) e Debby Ryan (Jessie).

    A história é sobre literalmente se colocar no lugar do próximo. No caso, A realmente fica no lugar de outra pessoa, mesmo que por apenas um dia, mas já é possível identificar alguns problemas que essas pessoas vivem, e tentar entendê-los e ajudar.

    O filme termina com um ar de queria mais, porém é de um jeito bom. Foi a medida perfeita para deixar o espectador curioso para saber mais sobre os personagens, e não torna a história cansativa e repetitiva, o que é importante, já que todos os dias o protagonista é uma pessoa diferente.

    Todo Dia passa diversas mensagens sutis escondidas nas entrelinhas, sobre viver sua própria vida, sem soar  como um sermão. É uma ótima forma de começar a entender o universo polar que vivemos hoje, com pessoas diferentes ganhando espaço e visibilidade. As histórias únicas apresentadas nos lembram o mundo que vivemos hoje, e o porque precisamos ter empatia: cada um passa por seus próprios problemas, e precisamos nos colocar no lugar do outro para entender o que estão passando.

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