Eu
acabei A Luz Que Perdemos há alguns
minutos antes de começar a escrever a resenha e ainda estou entorpecida, sem
saber exatamente o que sinto. O livro inteiro foi uma montanha russa de emoções
intensas, que não sinto há muito tempo ao ler.
"(...) Alguns relacionamentos parecem incêndio na mata: intensos, majestoso, irresistíveis, perigosos, capazes de te queimar antes que você perceba. (...)"
Gabe e
Lucy se conhecem no dia do 11 de setembro na faculdade e naquele
momento, em que sobem no terraço e veem a nuvem de fumaça pintando Nova York de
um cinza cheio de dor e sofrimento, eles se sentem tocados, sentem que precisam fazer algo pelo mundo.
E por eles mesmos.
Portanto,
eles iniciam uma busca insana pelos seus sonhos, tentando não abandonar um ao
outro. Porém escolhas precisam ser feitas, e Gabe escolhe seguir seu sonho como fotojornalista, ele ama Lucy, mas
seu sonho fala mais alto e ele decide, sozinho, ir para outro país. O que
mais pesa nesse momento para Lucy é que ele não conversou com ela, eles não
discutiram em conjunto as opções, ele
tomou todas as decisões de acabar com eles sozinho. Não por egoísmo, mas
porque era o que ele mais queria na vida. Da mesma forma que Lucy também queria
ter seus próprios desenhos animados na TV, com os seus roteiros e ideias. A
diferença, é que o seu sonho não excluía Gabe.
A Luz Que Perdemos
é contato pelo ponto de vista de Lucy, no presente, 13 anos depois do início de
tudo. E em determinados momentos eu considerei o Gabe, um boy lixo, por causa de
certas atitudes, inclusive no final, ele jogou em cima de Lucy toda uma
responsabilidade que ela não precisava.
Eles seguiram com a vida deles, porém
Gabe de tempos em tempos ressurgia das profundezas do inferno na vida de Lucy e,
normalmente, ele estava passando por algum problema lá do outro lado do mundo.
Ou seja, por mais que Lucy tentasse seguir adiante, não pensar em Gabe, ele
voltava e a puxava de volta ao olho do furacão. E, duas vezes, ele sugeriu que
Lucy largasse o sonho dela para se ir morar com ele, em qualquer zona de guerra
que ele estivesse no momento.
Além
do Gabe ser meio boy lixo, no topo da lista está Darren, que é com quem Lucy acaba redescobrindo o amor e se
casando, após Gabe ir embora. E o Lixo Darren é o típico cara que acha que a mulher
precisa largar tudo para cuidar da família e que presentes melhoram as coisas.
Darren, meu anjo, COISAS MATERIAIS NÃO
MELHORAM NADA!
Eu
estava com medo do final, porque eu determinado momento do livro eu queria que
a Lucy parasse de falar com o Gabe e se separasse do Darren, porque,
visivelmente, ambos estavam abalando sua órbita mais do que deveriam. Em certas
partes do livro é visível que a protagonista é cega de amores por Gabe, e
acredito que ele também seja por ela, mas ele escolheu ir, ele escolheu seguir
o sonho dele, então, as atitudes que ele toma depois de partir não acredito que
sejam as mais sensatas. Porém os personagens são humanos e erram, menos o
Darren, ele é um embuste que criou uma lista quando mais novo sobre todos os
atributos da mulher perfeita para ele.
"Ficar deitada ao seu lado era embriagante. Senti a euforia que você me provocava. O retorno ao vício. Precisava voltar ao dia um, me livrar do vício de novo. Só que eu não queria."
Moral
da resenha: Eu chorei igual um bebê no final do livro e felizmente o final não
me decepcionou. De certa forma me deixou até feliz, por causa de todos os
acontecimentos e a última proposta feita a Lucy no livro, só de saber que ela
não precisaria escolher mais nada e poderia parar de se martirizar (por mais que
tenha passado a ser martirizar por outras decisões não tomadas).
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