Outlander
sem uma boa vingança, seguida de
resultados catastróficos para sacudir nossos corações e levar nossas emoções a
flor da pele não é Outlander, e não é
Diana Gabaldon.
Na resenha anterior sobre A Cruz de Fogo – Parte 1 eu comentei
que o livro havia sido mais lento, sem grandes acontecimentos para nos abalar e
querer matar a autora. Em compensação em A
Cruz de Fogo – Parte 2, quando se termina de ler o livro, automaticamente
surge uma lápide escrita: Jaz aqui meu
coração. Eu ainda estou processando essa enxurrada de acontecimentos
catastróficos e sufocantes que aconteceram nesse livro.
Numa boa, foi tenso.
Roger desde o livro anterior pegou meu coração e abraçou.
Ele, de fato, se tornou um personagem mais suportável e nesse livro, eu
garanto, nos sentimos muito mais comovidos pelas adversidades que ele precisará
ultrapassar. É interessante, que enquanto ele está lá, meio vivo, meio morto,
meio psicologicamente destruído, Brianna
age de maneira não muito delicada diante da situação do marido. Não estava
esperando aquele tipo de atitude dela, mas eu gostei, porque isso mostra que os
personagens não são perfeitos, são tão humanos e passiveis de errar quanto nós.
É de conhecimento geral da nação que Brianna foi estuprada e desse acontecimento
fatídico, ou não, surgiu Jimmy, seu
filho. E essa belíssima criança gera uma certa tensão entre os personagens da história,
porque seu suposto pai, Stephen Bonet,
pode vir atrás dele. Com isso Roger
e Jamie resolvem criar uma vingança
contra Stephen e apenas sua morte
seria aceitável, em decorrência do que ele fez com Brianna. Porém, talvez, o plano de vingança tenha se tornado uma
pequena armadilha e posto Brianna e Claire em apuros.
“ – Você não vai morrer. – Sibilei. – Não vai! Não vou deixar!– As pessoas não param de me dizer isso – murmurou ele, com os olhos fechados e fundos de exaustão. – Não tenho direito a minha própria opinião? ”
A autora de Outlander não mede esforços em pôr nossos personagens preferidos em
situações devastadoras, fazendo nós, leitores, sofrermos juntos. Em uma
determinada situação do livro – Spoiler é bom, mas em doses moderadas – Jamie, nosso amado Highlander, está novamente entre a vida e a morte. Quantas vezes já
não esteve, não é mesmo? Entretanto, cada vez que isso acontece é uma nova
facada no estômago dos leitores. A questão é: dessa vez Claire não está com Jaime,
então, ele vai ter que deixar sua preciosa vida e nossos preciosos corações nas
mãos de seu genro e seu nada vasto conhecimento em Medicina.
Se Jaime
fica bem ou não, é informação demais, mas uma coisa que é possível dizer, é o
quanto o relacionamento de Roger e Jaime nesse livro floresceu. Antes eles
já se davam bem, mas é agora é diferente. É uma coisa mais família.
Além de tudo que acontece nesse livro, um
personagem querido ressurge, para a felicidade da nação e finalmente, é falado
sobre outras pessoas como Claire, ou
seja, viajantes. Sim, existia nossa falecida não-bruxa,-mas-morta-como-tal Geillis Duncan, só que, até onde me
recordo o assunto não foi estudado a fundo. Claire diz no livro I que Geillis
era sim uma viajante, por causa da marca da vacina e o assunto morre por aí.
Como sempre, Diana Gabaldon não deixa a desejar em nada. Na verdade, acho que
ela se empenha demais em fazer não só os personagens, mas os leitores também
sofrerem. Será que ela se sente bem com todo esse abalo emocional que ela provoca?
Porque não é possível!
Não há muito o que falar sobre o incrível
relacionamento de Claire e Jamie, esse casal é maravilhoso juntos,
separados.... Eles não dependem um do outro na história, cada um teus seus
problemas, dão sempre o máximo para resolverem tudo e no fim do dia voltarem
para os braços um do outro. Mesmo com o mundo caindo ao redor deles, isso não
costuma interferir de forma tão negativa na devoção que eles têm um pelo outro.
“Quando realmente chegar o dia que tivermos que nos separar – disse ele baixinho, e virou-se para me olhar –, se as minhas últimas palavras não forem ‘eu amo você’, saiba que isso aconteceu porque não tive tempo. ”
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