Caraval, de Stephanie Garber | Resenha do Livro


 Scarlett e Donatella são duas irmãs que vivem nesse mundo misterioso cheio magia e aventuras, mas elas são privadas de tudo isso por morarem em uma ilha junto do pai, um homem extremamente grosso, abusivo e agressivo. Ambas tem um sonho profundo de conhecer Caraval, e o enredo do livro é a aventura delas quando o sonho, que se torna pesadelo, é realizado.

 O Mestre Lenda é o organizador do Caraval, um evento onde mágica e mistérios estão envolvidos. Toda edição um novo enigma é apresentado, com uma nova história, e os convidados podem escolher assistir ou participar do jogo e correr atrás do prêmio final.

 A jovem Scarlett, protagonista do livro, mandou cartas para o Lenda durante 7 anos, e apenas em sua última carta, quando estava prestes a se casar, ela é respondida com três convites para participar do Caraval, e o vencedor tem direito a um desejo.

 A protagonista se entrega demais à magia de Caraval, esquecendo que tudo é atuação e ficção. No começo da leitura, vários personagens lembram constantemente que é tudo um jogo, porém também nos entregamos à tudo aquilo que está acontecendo, esquecendo de todos os avisos anteriores.

 A imersão é um ponto positivo do livro, no qual compramos a ideia de querer visitar todo aquele mundo mágico que lembra uma espécie de RPG da vida real. Viver 5 dias de intensa magia, onde tudo pode acontecer e mistérios imploram para serem desvendados, é algo tentador e faz com que nós, leitores, e também Scarlett esqueçamos que tudo se acabará após aquela semana.

Já o lado negativo do livro é a falta de profundidade no universo, são poucos os detalhes gerais de Caraval e também do mundo onde o livro se passa. A sensação que permanece ao termino do livro é que a autora teve preguiça de desenvolver o universo, deixando tudo raso e só focando apenas na história das irmãs. Porém, existe uma infinidade de possibilidades a serem contadas, todas jogadas fora.


Além da história rasa, ela também não cumpre o que foi prometido em sua premissa. A todo momento parece que o rumo será o mistério do Caraval, os participantes, o lado místico desse novo mundo, mas sempre se volta para o mesmo lado repetitivo do drama de Scarlett que só sabe falar da irmã.

O misterioso enigma foi concluído de forma muito simples, sem quase nenhum desafio grandioso a sua frente, tornando tudo muito surreal. Porém, o final do livro é divertido e cheio de plot twists. Todas as respostas são explicadas, o gosto de quero mais continua e nos faz esquecer de todos os problemas que o livro tem, apenas por alguns momentos.

É um livro bom, divertido e encantador, porém não foi conduzido da melhor forma, o que estragou o desenvolver. O começo e o fim são as melhores partes, que realmente nos entrega a ideia de festival mágico que é vendido na premissa, porém parece que o meio do livro é escrito por outra pessoa que ignorou grande parte do mundo mágico ao redor, só lembrando disso em alguns momentos quase insignificantes.

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