Tempestade de Guerra (A Rainha Vermelha #4), de Victoria Aveyard | Resenha de Livro




    O desfecho da icônica e polêmica série A Rainha Vermelha não poderia ser melhor que o livro final: Tempestade de Guerra, de longe o melhor livro da série.

    Como já era de se esperar em um livro de 700 páginas, existem diversas reviravoltas. São tantas que parecem existir vários livros dentro desse único, e o rumo da história no início quase não é o mesmo do final. 

    Os personagens que conhecemos no primeiro livro não são os mesmos que estão nesse último. A mudança em suas personalidades é nítida, e até mesmo lembrada em alguns momentos desse enredo, o que só mostra a grandiosidade e a complexidade desse universo criado.

    Diferente dos livros anteriores, esse não enrola ou guarda as partes emocionantes para o fim. Tem muita ação desde o início, até porque o livro começa do momento em que o anterior terminou, ou seja, no meio de uma das muitas cenas de guerra!

    As diversas cenas de batalha ao longo da história são descritas de forma bem Aveyard de ser, contando o necessário, e deixando o leitor curioso para descobrir mais. E é bem coreografado, para conseguirmos visualizar exatamente o que está acontecendo dentro das muitas que ocorrem.

    Uma característica já típica da Vitoria Aveyard, autora, é ter uma escrita enigmática, falando com meias palavras e deixando o leitor curioso para saber o que realmente aconteceu, e isso se mistura com os muitos personagens que narram o livro.

    Os pontos de vista intercalados dão dinamismo para a história, e escondendo pontos importantes. As vezes um personagem está descontraído e é pego de surpresa com algum acontecimento bombástico que aconteceu há tempos e que ele não sabia, por não estar naquela determinada cena. E assim, nós somos surpreendidos também.

    Uma das melhores partes é a representatividade que a autora deu mais destaque desta vez. As verdadeiras vilões do livro são mulheres, se mostrando inteligentes e estratégicas, a sexualidade é uma questão de discussão e personagens gays e lésbicas recebem muito espaço na história, além das metáforas para problemas reais, como racismo e xenofobia.

    Foi com certeza um desfecho digno para a grandiosa série que se formou. Fica com um tom de "algo está por vir", mas não é necessário um próximo livro, já que é possível prever os próximos passos do povo de Norta, e de seus vizinhos também. Se os leitores quiserem voltar para esse universo basta pedir uma xícara de chá, e eles tomarão conta de todo o resto. (leia para entender)
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